Revelando os Brasis | Revelando os Brasis saúda Mãe dos Vaga-Lumes

EDIÇÃO - Ano V

Revelando os Brasis saúda Mãe dos Vaga-Lumes

Sabe aquele cheiro de mato molhado de manhãzinha na hora do café com leite servido na caneca, um quintal cheio de brincadeiras e bichos, uma vida simples e sem pressa próxima das árvores e do rio? É neste cenário que nasce a história “A Mãe dos Vaga-Lumes” escrita pela artista plástica e professora de arte, Alcinéia Marcucci, selecionada pela quinta edição do Revelando os Brasis. As gravações começaram na última terça-feira (27/05) e prosseguirão até o domingo (01/06), na cidade de Corumbataí, no estado de São Paulo.

Alcinéia é uma das 20 pessoas selecionadas em pequenas cidades com até 20 mil habitantes pelo Concurso Nacional de Histórias, primeira etapa do projeto. Após terem suas histórias escolhidas, os autores foram para o Rio de Janeiro para estudar noções sobre roteiro, produção, direção, fotografia, direção de arte, som, dentre outras matérias. Com duração de 15 dias, as Oficinas Audiovisuais prepararam os autores para transformar a história em filme durante a etapa de gravação.

O Revelando os Brasis promove a democratização do acesso aos meios de produção audiovisual, oferecendo aos moradores das pequenas cidades com até 20 mil habitantes a possibilidade de contar suas próprias histórias através do cinema. Trata-se de um instrumento de registro da memória e da diversidade cultural do país e revela novos olhares sobre o Brasil. O projeto é realizado pelo Instituto Marlin Azul com patrocínio da Petrobras através da Lei Rouanet.

A história – A ficção baseada em fatos reais demonstra de forma simples o convívio no sítio no interior paulista de uma menina solitária com a sua amiga imaginária. A partir de lembranças da autora, o filme resgata brincadeiras antigas e se move para a fantasia infantil, buscando dar significados para os mistérios da vida.

“A história mostra uma vida inocente em que não faltava nada. Revela a simplicidade do viver e como se vive bem com simplicidade. Trata ainda de uma amizade pura de infância”, explica a diretora que também resolveu relatar no filme o mistério de uma lenda contada pelos moradores sobre a aparição de uma bola de luz nos céus da cidade. Segundo ela, através da representação da bola de luz, que ela sempre interpretou como um mistério da natureza, a ficção cria forças e significado para os sonhos das crianças não diminuírem de dimensão conforme elas vão se tornando adultas.

A diretora – Formada em Arte com habilitação em Artes Plásticas, a diretora viveu uma infância de filha única na roça junto com os pais. A solidão durante o tempo de criança abriu o caminho para a diretora inventar diferentes formas de brincar à medida que descobria o pequeno mundo das coisas. Para ela, o seu interesse pela pintura mais surrealista se moldou nestes tempos de quintal. O talento para a pintura acabou chamando a atenção dos moradores da cidade que sempre a convidam para cuidar da decoração dos eventos cívicos e culturais. Embora preferisse os traços e formas mais surreais, ela era convocada para colocar em prática suas habilidades de modo mais tradicional. Chegou a dar aulas de pintura no porão da casa para pessoas de diferentes idades. Muitas de suas criações podem ser apreciadas no blog confissões de uma fêmea. “Não pinto nada do que vejo. Pinto o que sinto e um pouco do que sou, uma alma desgarrada numa gaiola de carne e ossos”, expressa.

Depois de perder o prazo de inscrição nas edições anteriores, a autora conseguiu enviar a história na véspera do último dia de inscrição do Concurso Nacional de Histórias – Ano V.

“O Revelando os Brasis é um renascimento para Corumbataí, uma cidade com 186 anos de história. Espero que a cidade seja mais valorizada porque é um lugar muito bom de se viver. E um projeto deste tipo é muito valioso porque representa uma oportunidade de renascimento para o município”, destaca a diretora.

Acompanhe o depoimento da diretora durante as Oficinas Audiovisuais, no Rio de Janeiro:

 

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