Revelando os Brasis | ITAMBÉ (PR) SE MOBILIZA PARA AS GRAVAÇÕES DE “A GALINHA OU EU”, DE DENÍZIA MORESQUI

EDIÇÃO - Ano IV

ITAMBÉ (PR) SE MOBILIZA PARA AS GRAVAÇÕES DE “A GALINHA OU EU”, DE DENÍZIA MORESQUI

A comunidade de Itambé, no Paraná, abraçou a história escrita por Denízia Moresqui e selecionada para a quarta edição do Revelando os Brasis. O vídeo “A Galinha ou Eu” foi gravado entre os dias 20 e 25 de janeiro e contou com atores da comunidade que, além de atuar, ajudaram também trabalhando na produção, maquiagem, cabelo, figurinos, etc. Além dos atores, outros moradores de Itambé participaram da produção. 
 
“A comunidade se envolveu. Todos se empenharam, abraçaram meu sonhe e se envolveram muito, trabalhando em tudo e fazendo um pouquinho de cada coisa”, conta a diretora. Ela agradece ainda o apoio da Prefeitura Municipal, que ajudou com transporte, lanche e figurino para a produção do curta.
 
Denízia relata que durante as gravações foi difícil ter a real noção de como estavam ficando as imagens e as cenas, mas, quando sentou na ilha de edição, ficou maravilhada com o resultado.  “Quando vai para edição você tem uma noção maior, vendo tudo se encaixando. É o sonho ficando concreto, virando realidade”, diz Denízia. 
 
“A Galinha ou Eu” é uma ficção que narra uma passagem da infância de Denízia.  Com um jeito simples e divertido, ela adora contar suas lembranças de menina: “Tive uma infância rica, com uma criatividade aguçada, cheia de imaginação. Esta história é um pedacinho de mim e de Itambé. É a experiência de uma infância feliz, o registro de uma lembrança”. Para ela, contar uma história é uma forma também de despertar em quem ouve suas próprias histórias e lembranças.
 
A Diretora – Na primeira vez em que Denízia se inscreveu no Concurso de Histórias do Revelando os Brasis, não foi selecionada. Agora, ganhou a oportunidade de contar uma história que marcou a sua infância solta e feliz, vivida no meio do quintal de sua casa. Apaixonada por sua cidade, a diretora vive muitas aventuras culturais no município. Uma delas é escrever peças de teatro para crianças. E o mais inusitado: aos finais de semana, costuma encenar com os amigos as aventuras bem humoradas e satíricas de um grupo de super heróis de Itambé. Eles criam as histórias e fotografam cena por cena em uma sequência que mais tarde ganha legendas. Estas histórias são repassadas por email ou publicadas no Orkut. Até setembro de 2010, a série já tinha oito episódios. 
 
Hoje não existe cinema em Itambé, mas nem sempre foi assim. Antes da chegada da televisão, a cidade teve duas salas de exibição. O município surgiu a partir da construção de uma ferrovia. Mas a geada negra prejudicou a lavoura de café e levou a região ao êxodo rural. Denízia conta que, quando sua história foi selecionada, muitas pessoas da comunidade ficaram surpresas por se tratar de um relato simples. “Espero aprender muito, aproveitar a chance para usar o aprendizado na minha atividade como professora e chefe da Divisão de Cultura. Quero usar este conhecimento para incentivar as pessoas a terem esta experiência também. A minha participação é um estímulo para outros. Parece que o mundo de uma cidade pequena é pequeno, mas não é”. 
 
E sobre o projeto, Denízia ainda comenta: “Esse projeto revela outras caras do Brasil. Dá voz às pessoas das cidades pequenas. Produzir um filme parece muito distante, mas qualquer pessoa que tem uma história linda para contar, pode fazer isso com poucos recursos, e deixá-la para a posteridade”.  

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