Imagine acertar um casamento com uma noiva e, no dia da festa, descobrir que vai casar com outra. Essa é a história de Zé Seboso, personagem da ficção “Ô Casamento”, dirigida por Rozilda Amorim e selecionada na quarta edição do Revelando os Brasis. Na história, Zé Seboso acerta o casamento com Rosinha, filha de Inhô Garcia, um dos fazendeiros mais ricos da região. Mas, no dia do casório descobre que, na verdade, vai casar com a Maria, a filha mais velha!

As gravações de “Ô Casamento” aconteceram entre os dias 12 e 17 de fevereiro, em Ibiracatu, Minas Gerais. De acordo com Rozilda, as gravações mobilizaram a cidade. “Todo mundo se envolveu e abraçou o projeto”, conta ela, que se emociona lembrando o envolvimento da comunidade. As gravações contaram com o apoio da Prefeitura, através de várias secretarias, do comércio local, da Polícia Militar e do Conselho Tutelar.

A equipe de “Ô Casamento” reuniu cerca de 150 pessoas durante os seis dias de filmagens, incluindo equipe técnica, produção e elenco. A equipe foi convidada pela própria diretora, que, desde que voltou das oficinas audiovisuais, passou a observar melhor os moradores de Ibiracatu. “Quando eu cheguei do Rio de Janeiro, comecei a prestar mais atenção nas pessoas, percebendo qual era a habilidade de cada um, e, assim, fui convidando para participarem do projeto”, diz Rozilda.

“Ô Casamento” está em fase final de edição. A diretora conta que está trabalhando na trilha sonora do curta.

Inspiração – A história de um casamento arranjado com uma noiva, mas realizado com outra foi inspirada na própria família da diretora. A avó dela foi pedida em casamento por um moço da região, mas o bisavô propôs para o rapaz que ele se casasse com a irmã mais velha. Ele aceitou, e a avó de Rozilda também se casou mais tarde com outro noivo, vivendo uma vida feliz. Em “Ô Casamento”, vários elementos são diferentes, inclusive, o final do filme não se parece em nada com a vida da avó de Rozilda. Ela conta que procurou fazer do roteiro uma história engraçada.

A Diretora – Bacharel em ciências contábeis, Rozilda Amorim é professora primária. Já fez teatro, desempenhando os papéis de atriz, dançarina, diretora, coreógrafa e cenógrafa. Atualmente, é funcionária da Biblioteca Municipal e participa de clubes de leitura. Ela acredita que a região possui outros talentos para cultura, mas que faltam incentivos e conhecimento.