Revelando os Brasis | Gaúchos selecionados pelo Revelando os Brasis se preparam para gravar vídeos digitais

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Gaúchos selecionados pelo Revelando os Brasis se preparam para gravar vídeos digitais

Depois de 14 dias de oficinas audiovisuais intensivas, no Rio de Janeiro, os 40 moradores de cidades pequenas com até 20 mil habitantes, selecionados pela quarta edição do Concurso de Histórias do Revelando os Brasis, voltaram para casa para gravação dos vídeos digitais com até 15 minutos de duração.

O projeto reúne moradores de diferentes partes do país, dentre os quais, cinco selecionados dos municípios de Gaurama, São Pedro do Sul, Cidreira, Arroio do Meio e São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.

Com o acompanhamento de profissionais das áreas de cinema e comunicação, os selecionados estudaram temas como roteiro, direção, produção, fotografia, direção de arte, som, edição/finalização, pesquisa, mobilização, direitos autorais e comunicação colaborativa. As aulas foram realizadas de 04 a 17 de outubro nas Casas Casadas da Riofilme, no Rio de Janeiro.

Para a realização dos vídeos, os diretores contarão com o apoio de uma produtora regional que providenciará os equipamentos de câmera e de som digitais, com todas as despesas custeadas pelo projeto. No Rio Grande do Sul, o Revelando os Brasis IV realizará cinco produções: “M’boy Guaçu das Missões”, de Carlos André Viana, de São Miguel das Missões; “Memória da Terra”, de Janete Dalla Costa, de São Pedro do Sul, “Partituras do Tempo, Trilhos de Vida”, de Gladis Helena Wolff, de Gaurama; “Duas Cruzes”, de Lizzi Barbosa, de Cidreira; e “Loucos por Bocha”, de Thiago Stürmer, de Arroio do Meio.

Exibição

Após a gravação, edição e finalização, as obras serão apresentadas em espaços abertos e gratuitos durante o Circuito Nacional de Exibição do Revelando os Brasis. O projeto prevê ainda a exibição dos vídeos em um programa de TV veiculado pelo Canal Futura, além do lançamento dos filmes em DVD com distribuição gratuita entre organizações sociais e culturais, bibliotecas, universidades e cineclubes de todo o Brasil.

O Revelando os Brasis faz parte de um conjunto de ações para democratizar o acesso aos meios de produção audiovisual, possibilitando aos moradores dos pequenos municípios contar suas próprias histórias por meio do vídeo. A iniciativa é um instrumento de registro da memória e da diversidade cultural do País e revela novos olhares sobre o Brasil.

A realização é do Instituto Marlin Azul, com patrocínio da Petrobras e a parceria estratégica da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. O projeto conta também com a parceria do Canal Futura e os apoios da TV Brasil e da Riofilme.

 

Conheça as histórias gaúchas

Carlos André Viana

São Miguel das Missões – RS

História: M’boy Guaçu das Missões

Resumo: Certa noite, no povoado indígena guarani, a avó conta aos netos histórias antigas preservadas de geração em geração através da memória oral. Ao redor da fogueira, a avó recorda a história ocorrida numa época de muita fome e tristeza para a comunidade por causa das guerras guaraníticas, em que os índios defenderam suas terras contra a invasão do homem branco que, em nome de reis, diziam-se donos do terreno dos nativos. Os jesuítas, que conduziam as missões na região, e conviviam com os índios, foram expulsos pelos invasores. O local foi destruído e apenas a igreja se manteve firme, embora, aos poucos, fosse ocupada pelo mato. Neste contexto de miséria e abandono, crianças começam a desaparecer. Mais tarde, os índios descobrem se tratar de uma cobra faminta que vivia no alto da torre da igreja e que badalava o sino sempre que sentia fome, obrigando a aldeia a entregar uma criança para ser devorada. A cobra, conhecida como M?Boy Guaçu, engordou tanto até estourar. Apesar do bicho morto e do passar dos tempos, a história sempre aguça a imaginação dos pequenos índios que temem a sua volta durante a noite.

Gladis Helena Wolff

Gaurama – RS

História: Partituras do Tempo, Trilhos de Vidas

Resumo: A história é baseada em relatos encontrados pela autora em manuscritos redigidos, no ano de 1968, pelo filho de um imigrante alemão. Ele conta que, em 1912, o pai, ao sentir “o cheiro da guerra”, abandonou o emprego e partiu para o Brasil junto com a família. Martin Moron desembarcou com sua esposa, 5 filhos, bagagem de sonhos e esperanças e um clarinete. Chegaram através da ferrovia recém-inaugurada, que ligava São Paulo a Porto Alegre, à Estação Barro, atual Gaurama, para adquirir terras. Famílias de imigrantes desembarcaram na nova terra de mata virgem para construir um novo lar.

Mas, Martin Moron, tinha um diferencial. O colono era amante da arte musical. Todas as noites tocava uma valsa saudosa ou uma marcha alegre para espantar a saudade da terra natal. Aos poucos, outros dois colonos músicos, um deles italiano, se juntaram a Martin, formando um trio que animava os bailes da região. Com a chegada de mais colonos, formou-se uma orquestra maior, composta por vários instrumentos. Tornou-se a primeira orquestra da região norte gaúcha. Em 1922, as disputas coronelísticas provocaram o medo e o terror na colônia, acabando com os bailes e festejos. Mais tarde, com o fim deste tempo de amargura, começa a se formar uma nova bandinha a partir da dedicação dos músicos da comunidade. Eles não medem esforços para escrever as partituras e ensaiar as canções, motivados pelo amor à música, pelo desejo de aprender, de cultivar e de transmitir a tradição cultural para filhos e netos.

Janete Dalla Costa

São Pedro do Sul – RS

História – Memória da Terra

Resumo: Fundado em 1866, a história do município de São Pedro do Sul começa muito antes. No município, foi descoberto por cientistas alemães o fóssil do maior réptil do período Triássico encontrado na América do Sul. Colonizada por alemães e italianos, a cidade possui cerca de 17 mil habitantes. O maior destaque do município é uma das maiores reservas de bosque petrificado do planeta, tipo de fóssil formado por madeira, na qual a matéria orgânica foi substituída por mineral.

Lizzi Barbosa

Cidreira – RS

História: Duas Cruzes

Resumo: A ficção é baseada numa lenda contada pela avó aos netos. As crianças adoravam brincar perto da meia-noite na beira da praia. Mas com a proximidade das onze da noite, a avó pedia aos netos que entrassem em casa. Mas por que todo esse cuidado, perguntou um neto à grande matriarca. E ela conta: certa vez, uma moça muito religiosa decidiu casar de véu e grinalda dentro do mar. Era um dia de verão, havia chovido muito e o mar estava revoltado. No momento do casamento, a noiva, o noivo e o padre estavam dentro do mar quando uma onda gigante levou-os para o fundo. Os convidados que assistiam ao casamento da areia tentaram em vão salvá-los. Depois das buscas, apenas os corpos do noivo e do padre foram resgatados. O corpo da noiva jamais foi encontrado. Duas cruzes foram fincadas no local para lembrar a tragédia, mas desapareceram, talvez por ação do tempo.

Contam que, numa noite, uma moça aproximou-se de um pescador. E quando pôde enxergá-la, o homem tomou um susto e correu apavorado. Vestida de branco, a moça tinha o rosto em forma de caveira e as carnes ruídas. Outras aparições ocorreram. Alguns homens foram vistos indo para a praia próximo à meia-noite, mas desapareceram e nunca mais voltaram. Desde então, conta a lenda: a noiva-cadáver pode aparecer e levar para dentro do mar quem costuma andar à beira do mar perto da meia-noite.

Thiago Stumer

Arroio do Meio – RS

História: Loucos por Bocha

Resumo: Se a paixão nacional é o futebol, a bocha é, indiscutivelmente, o esporte predileto dos arroio-meenses. A pequena cidade gaúcha de Arroio do Meio, com 19 mil habitantes, possui 50 quadras, 26 clubes, 400 atletas, com idade entre 12 e 86 anos. Homens e mulheres, jovens e idosos, praticam o esporte no município. As partidas acontecem em vários dias da semana. E entende-se por treinar um momento também para descontração e muita festa animada por comida e bebida. Em Arroio do Meio a bocha também tem importância econômica. Não existe um só comerciante que leve o negócio adiante sem uma cancha de bocha para oferecer ao cliente. Também não pode faltar o petisco do esporte, o pastel de carne.

A história mostra a paixão dos moradores pelo esporte, contrariando quem pensa ser a bocha apenas uma atividade para quem já se aposentou. Um dos filhos da cidade é campeão e vice-campeão mundial, acumulando prêmios nacionais, um sul-americano e um pan-americano de bocha. Aos 34 anos, André Backes, nascido em Arroio do Meio, onde ainda vive sua família, treina hoje no Clube Pinheiros, em São Paulo. É exemplo de orgulho e alegria para a comunidade arroio-meense.

 

 

Selecionados do Rio Grande do Sul nas edições anteriores

 

Primeira Edição

 

Roteiro, direção e produção
Gilmar Rogério Wendel
Arroio do Tigre – Rio Grande do Sul
O Grito de Bamo

Documentário: Nos anos 30, os camponeses da região começaram a se organizar, dando origem ao movimento conhecido como O Grito do Bamo.

 

Segunda Edição

 

Roteiro, direção e produção
Ariane Stigger
Chuí – Rio Grande do Sul
Chuí, Chuy, A Babel na América Latina

Documentário: Localizado no extremo sul do país, o Chuí é terra de povos de múltiplas origens e culturas, que se misturam em meio a um movimentado comércio de fronteira. Nessa Babilônia, ignoram-se os eternos mandamentos do ódio e da guerra, e nos poucos centímetros de distância entre culturas intolerantes se escreve uma história de diplomacia e respeito. Chuí, um porto multifacetado que contribui para revelar a diversidade cultural brasileira, seja como ponto final ou ponto de partida.

 

Roteiro, direção e produção
Ivan Therra
Cidreira – Rio Grande do Sul
O Maestro da Areia

Ficção: Das mãos do pescador nasceram instrumentos musicais, com os quais ele ensinava as crianças da Praia da Cidreira a cantar e a tocar. O Mestre Pescador atravessava as imensas dunas para buscar na Capororoca as melhores madeiras. Falquejava instrumentos – eram violões, cavaquinhos, violinos, pandeiros e tambores que iluminavam de música o sorriso das crianças. Assim, o pescador de acordes regia os sonhos das crianças da praia. Permaneceu o espírito musical que hoje habita as ruas e o coração do povo da Praia Cidreira. Baseado em fatos reais.

 

Roteiro, direção e produção
Rodrigo Lopes
Arroio dos Ratos – Rio Grande do Sul
Ouro Negro: A Saga do Carvão

Documentário: Durante um longo tempo, o carvão foi a base da economia de Arroio dos Ratos. No entanto, uma certeza pairava no ar: em breve, o carvão de esgotaria. E, logo após o fim da II Guerra Mundial, de fato o carvão acabou. Era o declínio e o fim da mineração em Arroio dos Ratos, que se transformava em uma cidade fantasma. A memória do carvão, porém, continua viva nos antigos mineiros.

 

Roteiro, direção e produção
Silvana de Oliveira
Cambará do Sul – Rio Grande do Sul
Alma d’Outro Mundo

Ficção: Naquele dia de muita cerração, Rosinha encontrou um homem misterioso cuja imagem aparecia e sumia no meio da neblina. Ele tinha um presente para a menina, mas o medo fez com que Rosinha demorasse algumas décadas para descobrir a verdade.

Terceira Edição

 

Roteiro, direção e produção
Liane de Oliveira Castilhos
Cambará do Sul – Rio Grande do Sul
Photographos – Cima da Serra

Documentário: A história de Cambará do Sul a partir dos registros e recordações de diferentes gerações de fotógrafos que viveram na cidade. São profissionais que registraram as vivências do dia-a-dia, festas, casamentos, construção de casas, abertura de estradas e as belas paisagens do município. Imagens que, hoje, provocam curiosidade, admiração e, em muitas pessoas, várias lembranças.

 

Mais Informações:

Marialina Antolini / Simony Leite Siqueira

Assessoria de Imprensa

Instituto Marlin Azul

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