Revelando os Brasis | CARAVANA VALORIZA HISTÓRIAS DE PEQUENAS COMUNIDADES PIAUIENSES

EDIÇÃO - Ano IV

CARAVANA VALORIZA HISTÓRIAS DE PEQUENAS COMUNIDADES PIAUIENSES

Após 45 dias de estrada, a rota 3 do Circuito Nacional do Revelando os Brasis encerrou mais uma etapa de exibições gratuitas e abertas por cidades pequenas com até 20 mil habitantes. Desta vez, os bravos companheiros de produção e projeção percorreram o estado do Piauí para contar histórias feitas por gente da terra.
Na sexta-feira (29/07), os moradores de Colônia do Gurguéia receberam a caravana para assistir ao documentário “O Sonho de Manoel Messias”, que tem roteiro, produção e direção do filho da cidade, Rafael Pereira da Rocha. A noite de exibição contou com uma programação diversificada, incluindo show de música gospel e dança de rua, além da apresentação especial do protagonista, o cantor de toadas Manoel Messias.
O vídeo resgata a história de superação e de perdão do vaqueiro que sonha em se tornar cantor de toadas de grandes rodeios e gravar um CD. Para Rafael, o momento da exibição valeu por todo o trabalho árduo enfrentado durante a produção e a gravação.
“Foi uma experiência marcante! A produção foi uma trabalheira só, mas valeu ver as pessoas emocionadas por terem tido esta experiência nova, por verem na tela o que ajudaram a fazer. Isto é o mais gratificante: ver o sorriso, a esperança e a alegria destas pessoas por terem participado do vídeo”, relata o diretor de Colônia do Gurguéia.
Gilbués  – No domingo (31/07), a equipe partiu em direção a Gilbués, também no estado piauiense. A comunidade aguardava a exibição do documentário “O Tempo e a História”, de Allan Aquino. O vídeo resgata uma época em que o lugar fora ocupado por garimpeiros vindos de todo o Brasil. Nos anos 40 e 50, a cidade abrigou uma jazida de diamantes, atraindo os “catadores de riqueza” que, depois de muito cavarem a região, foram embora, deixando uma área de grande desertificação. O documentário conta o cotidiano, os causos, as dificuldades e as esperanças vividas pelos sertanejos.
Empolgado com a reação dos espectadores, Allan conta que o filme trouxe significado tanto para quem viveu a história que estava esquecida no passado quanto para as gerações que vieram depois e não conheciam como a cidade teve uma importância econômica em decorrência do garimpo. Para o diretor, a experiência de participar do projeto foi única e desencadeou um desejo permanente de descobrir novas histórias.

“Nunca tinha produzido uma obra audiovisual. Depois que você participa da primeira produção, começa a pensar no próximo roteiro, passa a ter um olhar histórico dos lugares”, explica o diretor, revelando seu mais novo roteiro. Ele quer resgatar a história da dança do cavalo piancó, manifestação típica da cidade Amarante, no Piauí, em que cavalheiros e damas dançam imitando o trote de um cavalo manco.

 
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