Revelando os Brasis | Produção nas pequenas cidades: mobilização e cidadania

EDIÇÃO - Ano VI

Produção nas pequenas cidades: mobilização e cidadania

Com 13 anos de estrada pelo país, o Revelando os Brasis juntou na bagagem um tesouro de conquistas. Uma delas é a mobilização das comunidades durante a realização das obras de curta-metragem nos municípios com até 20 mil habitantes. O tema inspirou a aula sobre produção ministrada pela cineasta Beth Formaggini, nesta sexta-feira (18/08), quinto dia das Oficinas de Realização Audiovisual do Revelando os Brasis.  A realização é do Instituto Marlin Azul e o patrocínio da Petrobras.

Segundo a professora, os autores deverão envolver o município, buscar parceiros e superar as dificuldades no processo de produção de um filme. Na avaliação da documentarista, o próprio formato do projeto estimula a participção e o envolvimento dos moradores. “O projeto tem o objetivo de unir a cidade para ter um produto cultural, de  reunir as pessoas para fazer um trabalho coletivo e de cidadania. A ideia principal é a formação do cidadão”, destaca Beth.

O produtor cuida da destinação, organização e administração dos recursos financeiros e materias para execução da obra. Nas produções de grande porte, a equipe de produção, em geral, se divide em diferentes atribuições como o produtor executivo, o produtor de set, o diretor de produção, o assistente de produção, dentre outras funções. Em produções com menores recursos, os profissionais executam mais de uma atribuição.

“Na gravação de um documentário, as funções da produção se misturam muito e acaba mesmo tendo um produtor só fazendo tudo isso. O produtor cuidará para que tudo corra bem, para que a equipe esteja afinada e o diretor esteja feliz para poder trabalhar sem nenhuma preocupação com a equipe, elenco, logística, locações, transporte, alimentação, equipamento.”, explica Formaggini.

E qual o principal cuidado no trabalho de produção? “Desde o início é necessário ter muito cuidado para fazer contratos adequados, conseguir autorizações para não se perder um dia de filmagem. Imagine o diretor chegar à locação com toda a equipe, com os equipamentos alugados e com o transporte pago e não ter autorização para gravar?!”, alerta a professora.

Saiba mais sobre a professora – Beth Formaggini é documentarista, pesquisadora e produtora audiovisual. Dirigiu: “Angeli 24h” (2010) 16 com prêmios em festivais; “Cidades Invisíveis” (2009); “Coutinho.doc – Apto 608” (2008); “Memória para Uso Diário” (2007), Melhor Filme eleito pelo Júri Popular do Festival do Rio BR; “Nobreza Popular” (2003); “Walter.doc – O Tempo é sempre Presente” (2000) – com Luís Felipe Sá; “Vida de Criança” (1998); “Pontos de Vista” (1995); “Touche Pas à Mon Pote” (1987) – Codireção, com Henri Gervaiseau, do videoclipe de Gilberto Gil.

Produziu os longas: “Paixão e Virtude” (2013) e “Djalioh” (2012) de Ricardo Miranda; “Paralelo 10” (2012), de Silvio Da-Rin; “A Etnografia da Amizade” (2007), de Ricardo Miranda; “Novela na Santa Casa” (2006), de Cathie Levy; “Em Trânsito” (2005), de Henri Gervaiseau; “Bendito Fruto” (2004), de Sérgio Goldemberg; “Joaquim.doc” (2003), de Mário Carneiro; “Peões” (2003), “Edifício Master” (2001) e “Babilônia 2000” (2000), de Eduardo Coutinho; e “Medias: Garrincha Ucellino di Dio” (2001), de Paulo César Sarraceni; “A Terra Prometida” (1997), de Henri Gervaiseau; e séries “A Linguagem do Cinema” (1999), de Geraldo Sarno; “Chatô, Rei do Brasil” (1996), de Walter Lima Jr.

 
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