Revelando os Brasis | EM DIA LIVRE, ALUNOS FAZEM PASSEIO PELO RIO

EDIÇÃO - Ano IV

EM DIA LIVRE, ALUNOS FAZEM PASSEIO PELO RIO

O domingo dos 40 selecionados para essa edição do Revelando os Brasis foi dedicado a um passeio muito especial pelo Rio de Janeiro. Boa parte dos alunos nunca tinha vindo à cidade e muitos deles viram o mar pela primeira vez, como é o caso de Maria Ferreira de Souza, de Curvelândia, Mato Grosso, que teve seu sonho realizado logo no início do dia, quando conheceu as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. “Fiquei encantada”, conta ela.

De lá, o grupo foi para o Jardim Botânico, seguido de um almoço pelo centro da cidade e uma caminhada pela região, onde conheceram a Cinelândia, o Museu Nacional de Belas Artes, o Theatro Municipal, a Praça XV e a Candelária. Os alunos tiveram uma ajuda muito especial: a professora de história Nilma Accioli foi a guia do passeio, contando histórias do Rio antigo. Nilma relembrou sua participação na última edição do projeto Revelando os Brasis, onde produziu o premiado documentário “Ibiri: tua boca fala por nós”.

O passeio ajudou também os alunos a pensarem mais a fundo sobre os caminhos a tomar com seus filmes. Boa parte dos roteiros tem como ponto de partida experiências pessoais de seus autores ou acontecimentos importantes na História de suas cidades. O roteiro de Maria José Dias, a Zezinha, de Piaçabuçu, Alagoas, por exemplo, se baseia em histórias envolvendo sua infância, desde seu parto longo e difícil até brincadeiras desastradas com seu irmão. Cada história aconteceu em uma ilha da região onde mora e, por isso, Zezinha resolveu mudar o título de seu documentário para “Ilha de minha vida”, que contará com relatos seus, de seus pais e conhecidos da região onde vive.

Já Gladis Wolff, de Gaurama, Rio Grande do Sul, aproveitou o passeio para refletir sobre “Partituras do tempo, Trilhos de vidas”, o roteiro de ficção que vem desenvolvendo em cima da história da fundação de seu município, há exatos 100 anos, que nasceu em torno de uma estação de trem e cresceu com a chegada de imigrantes alemães. Seu protagonista é um clarinetista que chega à região em 1913 e, ao lado de outros dois companheiros, funda uma orquestra. Seu projeto tem também ecos com o presente de Gaurama, num momento em que a cidade está retomando sua ligação com a música a recriando uma nova orquestra.

A multiplicidade de histórias e pontos de vista únicos é clara e latente entre os alunos das oficinas, tendo espaço até mesmo para uma mulher de branco, protagonista da história de Mirandí Oliveira, de Ibitiara, Bahia, que também baseou sua ideia numa lenda local de sua cidade.

Ao fim do dia, o grupo teve de deixar de lado a visita ao Corcovado, muito desejado pela maioria dos integrantes. O mau tempo na cidade e uma espera de mais de uma hora pelo bondinho que leva até o Cristo Redentor fez o pessoal desanimar. Na volta ao hotel, porém, cada um explorou a fundo seu tempo livre. Entre passeios pelo calçadão de Copacabana e mais dedicação a seus roteiros, a noite de domingo ajudou a repor as energias necessárias para a semana de muito trabalho e alegrias que vem pela frente.

 

 

 
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